Anaïs Nin - à flor da pele

No dia internacional da dança (29/04) uma homenagem a Maja - o eu-lírico espanhol de Anaïs Nin Rank me quer bailarina. Ele quer a cor, o odor, a ilusão, a turbulência. (...) Assim, uma imagem nova, um novo eu são fabricados a partir de seu desejo, à partir de elementos que dormiam em mim depois de anos, e eu retomo a dança que eu havia abandonado em um momento de condições trágicas...

Louveciennes. Voltei para casa para um amante terno e ardente. Carrego comigo cartas ricas e melancólicas de Henry. Avalanches. Preguei na parede de meu escritório duas grandes páginas de palavras de Henry, escolhidas casualmente e um mapa panorâmico de sua vida, para um romance não-escrito. Cobrirei a parede com palavras. Será "la chambre des mots" (o quarto das palavras). Fevereiro de 1932.

“Eu vi as pinturas de Nestor de la Torre . Primeiro pintor moderno que me impressiona e me perturba profundamente." Anaïs, 21 de fevereiro de 1933

"A mulher sentada eternamente na alta poltrona preta. Eu serei a mulher que você nunca terá. A vivência excessiva desgasta a imaginação. Nós não viveremos, apenas conversaremos e escreveremos para içar velas. Os escritores fazem amor com qualquer coisa de que precisam" Anaïs Nin, março de 1932

É uma ilusão e a causa de muita decepção. A pessoa lê livros e espera que a vida seja assim, cheia de interesse e intensidade. E é claro que não é assim.  Existem tantos momentos monótonos no ínterim, e eles, também são naturais. Você, em seus livros, pregou a mesma peça. Eu esperava que todas as nossas conversas fossem vibrantes, excitantes. Esperava você sempre embriagado, e sempre delirante.